Mega convivio em casa do monçanense

Em mais um grandioso evento, apenas comparável à exibição pública, por parte de D'ildo loco, de metade do seu rabo, aquando do seu aniversário, a Rainha do Brasil tem já traçado o plano de festas para sexta-feira ao jantar! O mentor do projecto é Zeca, o Monçanense, que amavelmente cedeu o seu "albergue espanhol" para o efeito. Por isso, a equipa de reportagem da Rainha do Brasil deslocou-se até à formosa localidade fronteiriça de Monção e colheu a entrevista, na primeira pessoa, de Zeca, o mentor do projecto, que ora se reproduz:

Rainha do Brasil (RB) - Boa tarde, señor Zequita!

Zeca (Z) - Buenas tardes, tio!

RB - Estamos aqui, paredes meias com a Galiza, fale-nos um pouco da localidade. O que se faz habitualmente por aqui?

Z - Por aqui? Nada! Tirando os fins-de-semana e à noite, em que se bebe até cair, pouco ou nada de relevante há para fazer. Normalmente, dou um passinho em frente e parto em descoberta da mágica Galiza e dos seus costumes e tradições.

RB - Já percebemos que é um apaixonado por nuestros hermanos...

Z - Por suposto! Do lado de lá da fronteira tudo é melhor. Ao Domingo à noite então é obrigatório lá ir. Quanto mais não seja para encher o depósito para o resto da semana...

RB - Mas nem tudo será mau aqui na pequena vila, certo? Fale-nos um pouco de Monção. Da sua gastronomia por exemplo. Qual o seu prato favorito?

Z - É a foda!

RB - Como??? Hein... Creio que não percebemos a sua resposta...

Z - Eu disse a foda. Aliás, aqui todos gostamos muito da foda. Volta e meia, quando a barriguinha começa a dar horas, digo: "vamos mandar uma foda abaixo"! Fico logo muito mais composto...

RB - Pois... Adiante. E no que respeita às tradições aqui da terra? Que nos pode dizer sobre isso?

Z - Há um evento fantástico aqui, e que aconselho vivamente a todos, que é a Festa da Coca!

RB - Pedimos desculpa mas... cremos que, mais uma vez, não descortinamos o alcance da sua resposta...

Z - É a festa da coca, foi o que eu disse! Xiça, até parece que não estou a falar espanhol, parece que estou a falar português ou assim! Vocês não entendem nada do que eu digo! Bem, como ia a dizer, aqui todos aderimos com grande paixão à coca. Até temos a "milha da coca"! Chega a altura e vamos todos "bombar" na Coca. É muito divertido, ver todos os monçanenses extasiados e eufóricos por causa da Coca. Como disse, aconselho vivamente.

RB - Sim... Pode ser que um dia aceitemos a sua sugestão... Mas até lá, fale-nos um pouco mais de si. Constou-nos que é um apaixonado por música...

Z - De facto, se há coisa por que tenho apetite voraz é por música... e por "chupitos" evidentemente.

RB - Muito bem. Que bandas puxam mais por si?

Z - Os La Frontera!

RB - La Frontera?! Que óptima escolha! Que temas desta banda o fazem delirar?

Z - Nenhum em particular, ora essa...

RB - Pois, mas... Julgamos que o seu gosto pela banda vem dos temas que muito sucesso fizeram, certo?

Z - Na!!! Nada disso! Gosto muito de La Frontera porque é evidente que os rapazes deram esse nome à banda depois de virem a Monção. Ora, se Monção é a um passo da fronteira e se os moços são espanhóis, logo não restam dúvidas que o nome da banda é uma homenagem a Monção. Monção, fronteira, Espanha, "La Fontera", entendes?

RB - Sim, acreditamos nisso... Olhe, estamos na terra do famoso vinho Muralhas, certo?

Z - Verdad. Mas esta última colheita é que não é muito famosa. Boa, este ano, é a colheita dos chupitos. Está uma delícia...

RB - Ok... Para terminar, quer deixar algumas palavras aos nossos leitores?

Z - Quero sim. Quero dizer ao senhor que me roubou o cartão na Queima do Porto que isso não se faz! Só não paguei o consumo de 75 euros pelo bom senso dos trabalhadores da queima. Para a próxima, se esse senhor quiser beber, que me peça que eu ofereço-lhe um chupito. Agora roubar não... Tenho dito!